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30/08/2017 |
Um painel da Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu nesta quarta-feira (30) que o Brasil retire subsídios industriais em até 90 dias, após queixas da União Europeia e Japão contra uma série de incentivos do governo a setores da indústria nacional.
A decisão confirma uma condenação de novembro passado contra programas que beneficiaram vários setores. Trata-se da maior condenação contra subsídios à indústria que o Brasil já sofreu.
De acordo com o colunista do G1 João Borges, o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento já preparam recurso junto ao órgão de apelação da OMC, o que fará com que o processo se arraste no decorrer do ano que vem.
A OMC considerou inconsistentes com as regras internacionais sete medidas adotadas em maior parte durante o governo de Dilma e mantidas pelo governo Temer. Elas incluem a isenção e redução de impostos para empresas que produzirem seus produtos no país, como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Isso beneficia o produto nacional em detrimento do importado e poder ser considerado um subsídio, que é uma prática comercial vista como anticompetitiva pela OMC.
A decisão da OMC de condenar o Brasil foi tomada no fim do ano passado, quando o órgão atendeu a uma ação movida pela União Europeia e Japão contra, principalmente, a política de incentivos para a indústria automobilística, o Inovar-Auto, programa criado no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
Fonte: Globo.com |
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